sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Heavy Metal em Bagdá

Documentário interessante, que teve boa repercussão de público (tanto do Metal quanto dos interessados em acompanhar os desdobramentos da guerra no Iraque). Pode ser visto via youtube, para aguçar a curiosidade!

http://heavymetalinbaghdad.com/de/

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Blog sobre música em plataformas digitais

Para quem quiser acompanhar um pouco minhas navegações e pesquisas, vai o link para o blog MPM Digital.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Hornby escreve sobre mudanças no consumo musical

O artigo de Nick Hornby no Guardian não só interessa como é uma leitura saborosa:

http://www.guardian.co.uk/music/2009/sep/06/nick-hornby-mp3-record-shops

Bom proveito!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Materialidades da canção

Uma contribuição para discutir o modo como as materialidades da comunicação conformam tipos de experiência com a música.

http://www.fronteiras.unisinos.br/index.php?e=2&s=9&a=68

domingo, 23 de agosto de 2009

"Falamos em rede social, mas o que significa social aí?", provoca Martín-Barbero

Jesús Martín-Barbero fala de internet e sociabilidade no Mais! (FSP) de hoje. Vai o link para quem tem senha:

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs2308200914.htm

... E um trechinho para aguçar a curiosidade...

[...] "quando a sociedade moderna se viu realmente configurada pelo Estado, pela burocracia do Estado, começou a sonhar novamente com a comunidade. Era uma comunidade imaginada no sentido de querer ter algo de comunidade, e não só de sociedade anônima.
Falar de comunidade para falar da nação moderna é complicado, porque se romperam todos os laços da comunidade pré-moderna. Eu diria que há aí um ponto importante, considerando que no conceito de comunidade há sempre a tentação de devolver-nos a uma certa relação não mediada, presencial. Essa é um pouco a utopia da internet."

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Lançamentos da Ashgate sobre música popular

A coleção sobre popular music studies da Ashgate tem títulos bem variados e com preços acessíveis (em pounds). Para os interessados em adquirir algum livro, usar o desconto de 20% concedido até 30 de setembro, com o código C9 BNB 20, depois de escolher os itens.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Pearl Jam lançará álbum "Backspacer" simultaneamente em CD e para Rock Band

Seguindo nova a onda de lançamentos rocker e de agendamento de bandas, álbuns, retornos e atualização de catálogos de bandas e gravadoras, vem aí o novo CD do Pearl Jam, a ser lançado em setembro. Pelo que li, Guitar Hero é pras majors... ;)

Do Portal da MTV:

As bandas de rock tem buscado alternativas para o formato de distribuição tradicional, em discos, nos últimos anos, como uma forma de lidar com a pirataria e escapar das grandes gravadoras. Algumas lançam singles gratuitos na Internet, outras disponibilizam seus álbuns para download, a preços menores do que o consumidor pagaria por um CD.

O Pearl Jam decidiu fazer diferente. A banda de Seattle vai lançar, no dia 20 de setembro, o álbum "Backspacer", sem o apoio de uma grande gravadora. O disco estará disponível em formato CD nas lojas e ao mesmo tempo como conteúdo para download para os jogos Rock Band.

Não é a primeira vez que uma banda adota essa estratégia: o Metallica fez isso com o álbum "Death Magnetic", que foi lançado em CD e para Guitar Hero III e Guitar Hero: World Tour.

No caso de "Backspacer", o Pearl Jam anunciou que uma versão especial - e um pouco mais cara - do disco estará disponível nas lojas Target. Essa edição, que tem o apoio da MTV Games, inclui um código para fazer o download das faixas para Rock Band.

O novo disco do Pearl Jam,"Backspacer", tem 11 faixas. Confira:

Pearl Jam - "Gonna See My Friend"
Pearl Jam - "Got Some"
Pearl Jam - "The Fixer"
Pearl Jam - "Johnny Guitar"
Pearl Jam - "Just Breathe"
Pearl Jam - "Amongst the Waves"
Pearl Jam - "Unthought Known"
Pearl Jam - "Supersonic"
Pearl Jam - "Speed of Sound"
Pearl Jam - "Force of Nature"
Pearl Jam - "The End"

por Pablo Raphael

domingo, 2 de agosto de 2009

O mercado do heavy metal e o drible na crise da indústria fonográfica

No Vírgula, UOL
Luiz Filipe Tavares



A crise na indústria fonográfica vem sendo intensificada a cada dia, graças especialmente ao pouco interesse das pessoas em pagar para consumir música. Esse fenômeno atinge a todos os nichos de gravadoras, mas não é segredo para ninguém que esses efeitos são variados para cada sub-mercado da música.

As gravadoras de heavy metal são um bom exemplo de como a independência dos grandes meios e da cultura da coleção podem tornar esses efeitos da crise muito mais amenos e solucionáveis.

Por exemplo, a preferência pelo item colecionável, uma edição especial em disco, versões importadas e relançamentos torna o mercado do metal um dos meios mais competitivos e perenes da indústria, já que gozam de um público realmente fiel, que tem interesse em artistas e gêneros bastante específicos.

"Parece incrível, mas hoje em dia as pequenas gravadoras estão conseguindo se manter melhor do que as grandes majors. É o velho ditado: Quanto maior a árvore, maior o tombo", afirma o produtor e radialista Vitão Bonesso, diretor-geral da única rádio virtual brasileira que toca heavy metal 24 horas por dia, a Rádio Backstage.

"Posso dizer que no primeiro ano senti uma certa apatia por parte do publico em aceitar essa nova mídia. Porém, eu contei com a péssima qualidade das rádios que se dizem rock, e isso de certa forma fez a rádio Backstage crescer bastante", relata Vitão, como é conhecido há muitos anos. "Colocar uma rádio na web é relativamente fácil, o que vem depois é que é bem complicado."

"Eu acho que o envolvimento aumentou. Não só por parte dos fãs, mas de profissionais que e dedicam a esse estilo, sejam eles promotores de shows, jornalistas e gravadoras", Contrapôs o radialista ao fato de que, mesmo com os tempos difíceis para todos os investidores do meio artístico, as pessoas ligadas ao estilo tendem a manter-se no meio.


A matéria continua aqui.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

IASPM International

No intervalo dos debates havia música pop, rock. Duelo de Djs. Apresentações com Theremin e Guitar Hero (versões 1,2 e 3). Nos debates, falávamos de performance musical, valor, discos canônicos e da rede social ligada a música. Não, não era o encontro de nenhum fã-clube, mas a conferencia internacional dos estudiosos da música popular, em Liverpool - 2009.

A qualidade das apresentações era boa e havia um clima geral de contribuição aos trabalhos dos pesquisadores (que vieram de todos os continentes - Africa, Asia, America e até da Nova Zelândia).

Sugiro fortemente (como me disse uma vez o professor Felipe Trotta) a inserção dos pesquisadores nesse fórum.

sábado, 25 de julho de 2009

Mídia e Música Popular Massiva: Biblioteca do Rock online

rocksbackpages.com

Biblioteca do Rock online

Voltando da Conferencia da IASPM em Liverpool, fui apresentado a essa projeto sobre uma biblioteca digital sobre a música pop. Divulguem!

O conteúdo pode ser usado em bibliotecas universitárias!

sábado, 18 de julho de 2009

Artigos sobre música

Saiu o volume 10 da revista eletrônica Ícone, publicada pelo Programa de Pós-graduação em Comunicação da UFPE. A edição traz vários artigos de interesse para o grupo.

Vejam a relação de artigos:

De Que Lado Você Samba?: uma proposta de análise midiática da música popular massiva, por Jeder Janotti Junior

Gêneros musicais e sonoridade: construindo uma ferramenta de análise, por Felipe Trotta

A música popular nas rádios no ABC paulista nos anos 1950 e 1960, por Herom Vargas

O circuito do samba e do choro carioca no contexto atual marcado pela reestruturação da indústria fonográfica, por Micael Herschmann

Do underground para o mainstream sem perder a categoria: análise da trajetória de um músico gaúcho, por Jorge Cardoso Filho e Pedro Marra

A emergência do Manguebeat e as classificações de gênero, por Tatiana Lima

DJs, magnatas e regueiros: considerações sobre o reggae na ilha de São Luis, por Rogerio Costa

O gênero brega para além da ressonância estrutural, por Lydia Barros

Distopia e música: uma análise das representações de música e produção musical em 1984 e Admirável Mundo Novo e Farenheit 451, por Carolina Figueiredo

A televisão aos pedaços: O Video Music Awards 2007 e a estratégia discursiva da MTV, por Thiago Soares

terça-feira, 7 de julho de 2009

Mr. Michael Jackson

A morte (ou não, ainda existem especulações sobre isso, hehehe) do Rei do Pop não podia passar despercebida desse blog, mesmo que todos já tenham feito homenagens e a falação seja quase que insuportável sobre o assunto. Esperemos que hoje, com o enterro, funeral, showneral ou o que quer que seja aquilo, o agendamento mude nos meios tradicionais e na web.

Mas vim aqui não pra dizer que ele era genial, que ele influenciou o mundo todo não só na música, que ele é referência e etc etc etc. Nem se pode esquecer, apesar de suas mudanças corporais, o papel que ele tem na abertura do mercado da música pop para os negros. Vim pra pensar, na verdade, pq foi que ele caiu no ostracismo e não conseguiu manter a carreira, como Madonna fez.

Até o começo dos anos 1990 MJ era sucesso absoluto, shows sempre cheios e exibições mil nos canais musicais e nas rádios. Mas a vida pessoal atrapalhou a carreira do astro, a partir de então. O que, convenhamos é inacreditável de pensar. Como é que um cara com os direitos de parte das músicas do Beatles, com suas próprias músicas e as dos Jacksons 5 consegue ser tão endividado? Ok, dos Beatles davam só $40 milhões de Euros. Das próprias, só tinha dos tempos da Motown e algumas, as solo pertecem à Sony BMG. Os acordos judiciais, gastos médicos e os muitos sanguessugas lhe tiraram todo o dinheiro?

Verdade é que, diferentemente de Madonna, ele não soube se reinventar. Mudou na aparência, mas quis continuar com a mesma fórmula de lançar discos [com as mesmas músicas, quase] e vender loucamente, que na era digital não funciona. E manteve sempre o mesmo som, que funcionou no Thriller, no Dangerous já estava meio morno e acabou por aí. Pop é sinônimo de reinvenção, apropriação de gêneros e misturas. Ele não soube mudar sua roupagem. Bem verdade que os escândalos de envolvimento com menores ajudou a enterrar a carreira. E a sensação de que a música pop ía noutro caminho, a despeito do que MJ queria ou sabia fazer, se somou à lançar o álbum em pleno 2001 conturbado nos EUA [só n foi pior que Mariah Carey e seu Glitter -péssimo- lançado em pleno dia 11 de setembro e em NY!], levaram ao fracasso de Invencible, último álbum do cantor, que chegou a dizer que foi prejudicado por racismo!! 2001 foi O ano das Boybands, Backstreet Boys e *NSync tominando todas as paradas... Acho que as coreografias de MJ não atraíram tanto, na época; além da famosa Sociedade Americana de Família, que condena que se consuma produtos do comedor de criancinhas...

Dedadência não vende, mas já a morte... MJ é, de novo, dos mais vendidos da semana. A Sony tá lucrando bastante com a venda dos álbuns clássicos de Michael, que voltaram aos topos das paradas de vendas e de exibição ao redor do mundo. Todos homenageando o astro.

So long, Michael.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Movimento Música para Baixar

Porto Alegre vai sediar o I Fórum MPB, Música para Baixar, de 24 a 27 de junho. Será o terceiro grande encontro do ano organizado pelo movimento. O primeiro foi no dia 15 de março, em Brasília/DF, onde mais de quarenta pessoas ligadas à música encaminharam o fórum em Porto Alegre, concomitante com o 10° Fórum Internacional de Software Livre. O segundo foi no dia 30 de maio na cidade de Guará/DF, onde 35 mulheres se mobilizaram contra o AI-5 digital e foi articulado por artistas, produtoras, militantes de alguns coletivos e jornalistas na Casa Roxa. O MPB tem militantes em todo o país. Está entre seus objetivos constituir um espaço presencial de diálogo no sentido de conectar música, tecnologia e comunicação colaborativa e propor alterações na lei de direitos autorais.

Outra importante diretriz do movimento aponta para que a cultura livre e compartilhada seja relacionada com o software livre. Militantes do MPB vêm discutindo amplamente a lei de controle da internet, posicionando-se contra a ditadura na rede, em defesa da democratização da comunicação, dos direitos humanos e da livre circulação da produção cultural.

Os temas do Fórum MPB são: Economia solidária da música livre;Controle da internet; Formas de licenciamento, gestão coletiva e proposta de mudança na legislação autoral; Democratização da comunicação e distribuição de conteúdos culturais alternativos. Ainda:Autogestão e geração de renda dos agentes culturais.

Estão confirmadas as presenças de Álvaro Santi (RS) – músico e membrodo Fórum Permanente de Música, Cláudia Escovar Alfaro Boettcher (RS) -diretora do Departamento de Difusão Cultural/Pró-Reitoria de Extensãoda UFRGS, Deivi Kuhn (DF) - banda Coyote Guará, Eduardo Ferreira (MT)– membro da banda Os Viralata e do projeto Casa Brasil, FernandoAnitelli (SP) – banda Trupe Teatro Mágico, Fabrício Noranha (ES) –banda Sol na Garganta do Futuro, Fernando Rosa (DF) - jornalista e editor do portal Senhor F, GOG (DF) – rapper e poeta, Gustavo Anitelli (SP) – produtor da Banda Trupe Teatro Mágico, Ellen Oléria (DF) –cantora e compositora, Moysés Lopes (RS) - músico e membro do Fórum Permanente de Música, Jaqueline Fernandes (DF) – jornalista e produtora da Griô Produções, José Murilo (DF) - gerente de CulturaDigital do Minc, José Vaz – Diretoria de Direitos Intelectuais do MinC, Juca Culatra (PA) - banda Juca Culatra & Power Trio e Coletivo RadioCipó, Leoni (RJ) - músico e compositor, Mauro Salles (RS) – Sindicatodos Bancários, Paulo Marques (RS)- Coletivo Brasil Autogestionário,Pablo Capilé (MT) – músico, presidente da ABRAFIN e membro do EspaçoCubo Cuiabá, Richard Serraria (RS) – banda Bataclã FC e Ronaldo Lemos(RJ) – FGV.

O cantor e compositor Leoni defende a revisão total da lei de direitos autorais quando se trata de internet. “Fomos todos colocados à margem da lei e está na hora de recuperarmos nossa legalidade”, afirma. Segundo a cantora e compositora Ellen Oléria é inadmissível que músicos e músicas estejam fora do processo de discussão sobre questões tão importantes quanto direito autoral ou a aprovação do AI5 Digital.“É importante ter toda a cadeia produtiva da música nesta discussão e garantir que nossos entendimentos sejam considerados”, conclui. Já o cantor Richard Serraria ressalta “a importância da divisão de experiências de diferentes artistas, envolvendo a reflexão crítica acerca da cadeia produtiva da música e pensando ainda a geração de renda junto à economia da criatividade na contemporaneidade”.

O I Fórum MPB irá sistematizar propostas a serem articuladas ao longo do ano. E ainda, será lançado durante o evento um manifesto do Movimento Música para Baixar, entre outras iniciativas.

Serviço
Local: Casa dos Bancários
Endereço: - Rua General Câmara, 424 - Centro de Porto Alegre
Data: 24 a 27 de junho

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Ouvintes de música e internet

Dois tipos de ação parecem predominar entre os ouvintes de música em plataformas digitais. De um lado há aqueles que buscam arquivos musicais para downloads e informações sobre lançamentos, dados biográficos, bootlegs e shows, mas ficam no anonimato; de outro há fãs que usam as plataformas tanto para os downloads e obtenção de informações quanto para a escuta em streaming, a exposição de gostos e a construção de uma persona online.

Os perfis de ouvintes nas plataformas como a Last.fm e o Myspace são usados como "vitrines" para suas atuações em outras plataformas, como blogs pessoais, msn e sites de relacionamento.

Esse segundo tipo de ouvintes foi um dos principais temas do curso "Reconstrução das práticas de consumo nas plataformas online" da professora Adriana Amaral, da Universidade Tuiuti do Paraná, realizado na Facom. O pessoal do GJOL, que promoveu o encontro, postou alguns trechos do dia 29 de abril no youtube:



domingo, 5 de abril de 2009

Mercado de ações musicais

Lendo hoje meus feeds, li no blog amigo Boom que, na França, a nova possibilidade de mercado é ser acionista de um artista ou banda.

Do texto do blog:

"o investidor escolhe os artistas e compra as ações que somadas serão usadas para produção de músicas avulsas ou CDs. O acionista, além de ter participação nos lucros e poder dar pitacos nas próximas produções, terá direito de assistir shows exclusivos, ouvir músicas novas e até ouvir um CD antes do seu lançamento, fora o contato direto online com seus ídolos. O primeiro site que surgiu foi o francês NoMajorMusik, com o slogan “Produção de Música Comunitária”, que terá versão brasileira em 2010. Outros, também franceses, My Major Company e Espidart".

Fico me perguntando quais os efeitos disso. Soa como as doações feitas a sites gratuitos. Não vejo os brasileiros participando das doações. Poucos aqui pagaram pelo "In Rainbows"... E raros são os que compram no ITunes... É ver como isso se dá...

quarta-feira, 25 de março de 2009

"As gravadoras ainda podem sobreviver"

Para o especialista, a mesma internet que quase destruiu a indústria é agora a grande chance de salvação do negócio

Divulgação
Knopper: "As gravadoras cometeram o erro de combater os sites de trocas de músicas"

Por Tatiana Gianini | 19.03.2009 | 15h28

Revista EXAME -

Colaborador das revistas Wired e Rolling Stone, o jornalista americano Steve Knopper acaba de lançar nos Estados Unidos o livro Appetite for Self-Destruction: The Spetacular Crash of the Record Industry in the Digital Age ("Apetite para a autodestruição: a espetacular quebra da indústria das gravadoras na era digital", ainda sem previsão de publicação no Brasil). Na entrevista a seguir, Knopper fala sobre o impacto da internet na indústria da música e discute os caminhos para trazer de volta os lucros das empresas do setor.

1) Entre os erros cometidos pelas gravadoras, qual foi o que mais contribuiu para a crise atual?
Quando o Napster, primeiro programa de compartilhamento de músicas pela internet, surgiu, na década de 90, as gravadoras tentaram combatê-lo em vez de buscar alianças. Isso foi fatal. Quando as gravadoras conseguiram fechar o Napster nos tribunais, os serviços de compartilhamento de músicas na internet não acabaram. Pelo contrário, eles se multiplicaram.

2) Por que as gravadoras fizeram da internet uma inimiga?
Com as vendas dos CDs, as gravadoras detinham o controle de cada passo do negócio, do momento de produção do álbum à compra dele por um fã. A internet representou a quebra dessa cadeia de produção lucrativa. As gravadoras cometeram o erro de pensar que, se processassem alguns sites ou se ignorassem por um tempo a nova tendência, ela simplesmente deixaria de existir.

3) Os acordos para a venda de músicas na loja virtual iTunes, da Apple, selaram a paz entre as gravadoras e a internet?
Realmente, quando a loja surgiu, foi um bom negócio para as gravadoras. Num período curto, 1 bilhão de músicas foram vendidas. Mas o problema é que a iTunes não criou margens de lucros altas para as gravadoras. Tampouco para a Apple, mas para a Apple tudo bem, porque ela só queria usar a iTunes para vender iPods.

4) As gravadoras aprenderam a lidar melhor com a internet?
Elas começaram a ficar um pouco mais espertas, entendendo que as novas tecnologias podem representar a salvação de seu negócio. Está claro que o consumidor atual de música não está mais interessado apenas em ouvir um CD.

5) Qual dos novos modelos de negócios para a indústria musical o senhor considera mais promissor?
Todos eles. Quando lançam um álbum hoje, por exemplo, isso não ocorre apenas no formato CD. As empresas oferecem também as faixas para download em celular e vendem os direitos para videogames como o Guitar Hero, entre outras ações. Isso é inteligente. Poderiam, no entanto, ter feito o mesmo há dez anos.

6) As gravadoras vão sobreviver?
As principais gravadoras vão sobreviver. Sempre haverá algumas delas que vão continuar a produzir estrelas como Beyoncé e Justin Timberlake. Mas está cada vez mais difícil fazer isso.

7) O setor de mídia impressa também enfrenta dificuldades para adaptar seu modelo de negócios à plataforma digital. Os jornais estão cometendo os mesmos erros das gravadoras?
A mídia impressa também não conseguiu encontrar até hoje um modelo online lucrativo. Assim como as gravadoras, os jornais e as revistas precisam virar rapidamente o resultado dessa partida. A história da tecnologia mostra que os velhos participantes do jogo que não se adaptam às novas regras acabam morrendo.

Fonte: Revista Exame

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