terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Metallica & Guitar Hero convidam...

"É o casamento perfeito!", diz Lars Ulrich sobre o Guitar Hero especial Metallica que sai em abril de 2009, só com músicas da banda e alguns outros artistas, que sairiam como convidados do show do jogador.

Diferente do Death Magnetic, que tem faixas na versão "World Tour", para PS3, esse é dedicado especialmente à banda, como se o jogador fosse fazer um show como o Metallica, sendo os integrantes da banda, com set list escolhido e participações especiais. Não contém música do novo álbum no jogo especial. Desde "World Tour" os jogadores podem se passar por todos os integrantes, não apenas o guitarrista, como nas versões anteriores. Para este jogo foi desenvolvida nova guitarra, e bateria e microfone, aproximando o jogo ao "Rock Band".

Segundo o bateirista da banda, a vantagem do jogo é que ele aproxima a música dos jovens. Em outras palavras, aumenta o número de fãs.

Notícia da Rolling Stone Brasil.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Chinese Democracy...

Sinceramente? poderia ter ficado pra esperar a democracia chinesa... Toda empolgada, baixei o CD do Guns, esperando que o milênio que eles tiveram de hiato fosse refletir positivamente na produção das músicas... ledo engano.

Oficialmente "trabalhando no álbum" desde 1994, o guns mudou de formação,foi produzido pelo próprio Axl, e de fãs ao longo desse tempo. E o resultado, bem... deixa muito a desejar... Faixas completamente repetitivas ( e olha que eu tava prestando atençãoa o que eu ouvia), sempre com a sensação de que uma emendou na outra, ou, pior ainda, que era tudo uma coisa só. As três primeiras músicas passaram sem que eu sentisse. No pior modo possível.

O responsável pela masterização, Bob Ludwig, que mixou o último CD do Skank, fala em seu site:

No domingo, 23 de novembro, a gravação do Guns N' Roses, Chinese Democracy, foi finalmente lançada, depois de muitos anos de espera e milhões de doláres gastos para fazê-lo. 14 estúdios de gravações diferentes são creditados. Eu fiquei emocionado por ter sido escolhido para masterizar o álbum.

Em outubro, quando eu ouvi pela primeira vez algumas das mixagens finais, as quais eram incrivelmente densas e com multi-camadas, eu fiquei surpreso por duas coisas: As mixagens eram tão afinadas, que ao fazer um pequeno movimento soou como se eu tivesse feito vários movimentos, e também, o montante de compressão típico usados para masterizar hoje em dia tira a vida e a musicalidade das gravações.

Os discos que eu submeti ao julgamento dos produtores tinham 3 versões: A que eu pessoalmente gostei, nao tinha compressão usada somente para aumentar o som, tinha somente a compressão que foi necessária para um ótimo rock and roll. Então, sabendo como tudo é muito competitivo hoje em dia, eu fiz outras duas masterizações, uma com mais compressão e outra com mais compressão ainda, mas até mesmo o mais barulhento, não é tão barulhento como alguns CDs de hoje em dia. Desejando que ao menos uma dessas versões satisfizesse o Axl e o Caram Costanzo, o co-produtor do álbum, eu fiquei pasmo quando eles resolveram ir com a minha versão, e a versão barulho-por-barulho foi ignorada.
Eu acho que os fãs e a imprensa tem ido contra as gravaçoes que são super comprensadas e, finalmente alguém saiu do contexto para pegar um stand e voltar a colocar a música e a dinamica acima dos niveis altos de som.

A questão dinamica vs. volume, inclui o ato de ao simplesmente girar o botão de volume da sua música no sentido horário, notar um pequeno aumento na reprodução. Verdade, quando compra-se no iTunes, sua música talvez não saia tão alta quanto as outras músicas. Ao tentar impressionar a estação de rádio PD, poderá ser um problema se você não der a atenção garantida que essa gravação merece, no entanto, o nível na programação da rádio não é um problema. Como eu tenho dito há anos, as estações de rádio estão competindo umas com as outras e todas elas têm dispositivos para tornar coisas suaves em barulhentas, e suavizar coisas barulhentas. Eu ouvi um review de um crítico sobre o Chinese Democracy na NPR e os exemplos de músicas que eles tocaram, gritaram pelo meu rádio portátil. Mesmo com a compressão da estação de rádio, você ainda consegue ouvir detalhes no rádio do carro... incrível!

Eu espero que o Chinese Democracy marque o começo do retorno dos niveis sãs e a musicalidade triunfando sobre a distorção e o grunge. Eu já vi outros produtores mostrando alguma consciencia e apreciação pela qualidade, eu rezo pra que seja o fim da guerra de altura.


Ele fala bonito, mas não pode resolver o que é o problema pra mim: as músicas são repetitivas e tem até uma tentativa de reviver "November rain", pra mim uma das músicas mais chatas ever!

link do álbum pra download: aqui e aqui

sábado, 6 de dezembro de 2008

Poética da música underground

Saiu mais um livro do nosso grupo de pesquisa.
Poética da música underground - vestígios do Heavy Metal em Salvador

Minha autoria, contribuições fundamentais do grupo!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Mizeravão é uma Fraude

Bem, convoco todos vcs a participarem da jornada dupla - sexta - Balcão (Rio Vermelho - Salvador)
22:00 h Lançamento da Revista Fraude e show dos Mizeravão (Inaugurando os ensaios rock´n´roll para o Revellion)....
tchau
JJJ

sábado, 22 de novembro de 2008

Calendário 2008.2

Reuniões

29.08 - Pauta: Análise de Renato; Théberge Cap.1, 2 e 3.
19.09 - Théberge Cap. 4, 5 e 6.
26.09 - Curso "Gêneros Musicais e Construção de Valor" com Felipe Trotta
10.10 - Término do livro do Théberge e análise de Caio sobre novo álbum do Metallica
24.10 - Colóquio Tv e Realidade
31.10 - Finalmente o final do livro do Theberge e análise de Caio e Thiago sobre novo álbum do Metallica
07.11 - Projeto de Tati
21.11 - Projeto Neri e Bruno
05.12 - Anteprojeto Mabia e capítulo de Thiago

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Rock music in performance


Sugestão de leitura:

PATTIE, David. Rock music in performance. New York: Palgrave McMillan, 2007.

Concordando com Jeder, penso que o título merece uma futura leitura no grupo. O autor trabalha noções como autenticidade e performance, levando sempre em consideração a contradição básica do discurso do rock, referente à necessidade que as produções do gênero têm de ser "reais", coerentes com determinada ideologia, ao mesmo tempo em que são produtos da cultura midiática, submetidos às mais diversas constrições mercadológicas.

A autenticidade trabalhada pelo autor é muito baseada na idéia de performance como evento, realizado apenas no palco. E nosso objetivo no grupo é avançar essa questão, reconhecendo a idéia de performance midiática não apenas no momento de interação propiciado pelas apresentações ao vivo, mas também em outras modalidades de consumo musical. No entanto, creio que seu trabalho aponta questões importantes para o avanço das discussões no grupo sobre a performance, além de empreender análises bem consistentes.

sábado, 8 de novembro de 2008

Do primeiro álbum aos podcats

Vão aí duas sugestões de leituras que repercutem nossa discussão na reunião de sexta (7/11):

São bastante úteis as informações levantadas por Neri sobre o primeiro álbum, o The Wee Small Hours, de Frank Sinatra, lançado em 1955. O formato de áudio em álbum antecedeu o formato de armazenagem LP.

Vejam o post no blog Noite ponto som, que inclusive está na nossa lista de blogs.

Uma boa definição de podcast está no artigo Podcast. Emissão sonora, futuro do rádio e cibercultura, de André Lemos, publicado na revista 404nOtF0und, em 2005. Ele afirma inclusive que "não se trata da substituição de um formato por outro, já que os dois sistemas suprem necessidades não concorrentes: o rádio massivo coloca o ouvinte em sintonia com uma esfera coletiva; a emissão personalizada permite escolhas de acordo com o gosto pessoal, além de um controle do espaço e do tempo da audição".

*

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Música eletrônica, mídia e estudos culturais

A partir do interesse dos estudos culturais em analisar a música popular produzida na década de 80, assim como as discussões em torno das cenas da época e suas manifestações, o pesquisador Claudio Manoel faz uma relação com a música eletrônica, em seu artigo Música pop, e-music, mídia e estudos culturais, abordando os meios de divulgação, circulação e consumo no início dos anos 90. O interessante é a leitura mais atual da cena de música eletrônica a partir dos temas citados, levando em consideração a influência da mídia.

Artigo completo em:

http://claudiomanoel.wordpress.com/category/estudos-culturais/

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Artigos de integrantes do grupo

Dois artigos de integrantes do grupo foram publicados na 6ª edição da revista Diálogos Possíveis, que saiu este mês: 40 anos de Estética da Recepção: pesquisas e desdobramentos nos meios de comunicação, de Jorginho Cardoso Filho, e Música e mídia: notas sobre o manguebeat no circuito massivo, escrito por mim.

Resumos dos artigos:

40 anos de Estética da Recepção: pesquisas e desdobramentos nos meios de comunicação

Este artigo tem como objetivo proporcionar uma revisão das teorias e hipóteses metodológicas mais recentes e relevantes no âmbito da pesquisa em recepção, sobretudo daquelas que enxergam a possibilidade de identificar esta ação a partir do próprio texto. Concentramos nossa atenção nos desenvolvimentos do movimento conhecido como Estética da Recepção e construídos ou aplicados no estudo dos meios e produtos da comunicação.
Palavras-chave: Estética da Recepção; Metodologia; Meios e produtos
da comunicação.


Música e mídia: notas sobre o manguebeat no circuito massivo

O artigo discute a relação entre música popular e mídias massivas ao longo do século XX. Aborda os modos de produção, circulação e consumo de música no Brasil, com foco em aspectos como tecnologias de gravação e reprodução, transição entre discos de vinil e CD, boom das gravadoras
independentes, o impacto da MTV no Brasil, entre outros. Toma como exemplo a emergência dos grupos pernambucanos Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A no cenário midiático.
Palavras-chave: música popular massiva; indústria fonográfica; cultura midiática; Chico Science & Nação Zumbi; Mundo Livre S/A.

sábado, 6 de setembro de 2008

Curso sobre Gêneros musicais e construção de valor

As estratégias de classificação e valoração empregadas em alguns dos gêneros da música brasileira serão abordadas no curso de extensão "Gêneros musicais e construção de valor", que será ministrado pelo pesquisador Felipe Trotta, na Faculdade de Comunicação da Ufba, de 24 a 26 de setembro.

A proposta é identificar e discutir os elementos classificatórios aplicados às práticas musicais desde o início da indústria fonográfica até os dias atuais. Os gêneros serão tratados com destaque para o debate em torno de sua dupla função: de organização do consumo e de legitimação estética.

Felipe Trotta é professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Pesquisa principalmente temas ligados à inserção da música na sociedade, interpretando as relações entre estética e mercado, indústria e experiência cultural, seja através das práticas da música popular ou pelo crescente segmento da sonorização de mídias digitais. Atua também como instrumentista, arranjador e compositor de trilhas para dança, teatro e cinema.

As inscrições para o curso, promovido pelo grupo de pesquisa Mídia & Música Popular Massiva e pelo Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da Ufba, estarão abertas de 10 a 24 de setembro, na FAPEX, que fica em frente à Faculdade de Arquitetura. As vagas são limitadas.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Geração Streaming

Primeiro teve a geração do vinil, depois a do CD, a do MP3 e agora a da "streaming media", que cresce em torno de serviços como MySpace, MuxTape, Last.fm e iLike, que fornecem músicas para ouvir online, sem precisar baixar nada para o computador.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Orlando Fernandes e a ÁCSE Miusic


Orlando Fernandes passa o dia cantarolando. Solitário, a própria voz é sua única companhia enquanto se apronta para o trabalho. Entre um assobio e um gole de café, Orlando acomoda o fardamento na bolsa e o discman nos ouvidos. Comprado em 2004 na baixa dos sapateiros, o player é seu companheiro diário na portaria de um tradicional prédio onde trabalha em um tradicional bairro de Salvador. Mesmo já saindo "armado", CD no ponto e fones no ouvido, Orlando só aciona o amigo após a caminhada de 25 minutos até o fim de linha (para economizar uma passagem). Durante esse percurso é que ele aquece as cordas vocais e prepara o repertório que encanta as meninas da limpeza do residencial. Mesmo estando mudos, os fones atuam como um disfarce para Orlando (se relevarmos o seu tamanho exagerado); uma licença para elaborar suas criações musicais sem que outras pessoas saibam a verdadeira autoria de versos como “pelo beijo da sua boca” e “pelo cheiro do seu perfume”.

Sendo quase sempre o único a embarcar naquele horário da madrugada, Orlando não costuma encontrar empecilhos para sentar-se na cadeira de sempre: janela à direita e atrás dos assentos reservados. É sentado nela que encosta a cabeça para então encarar o trajeto de uma hora e 20 minutos até o trabalho. E é nesse percurso que Orlando integra a escuta de suas músicas preferidas à paisagem polifônica de Salvador. Percurso que oferece tempo suficiente para escutar pelo menos dois CDs de sua coleção, que já beira os 350. De uma forma ou de outra sabe que o avanço dos artefatos tecnológicos ligados ao consumo musical é essencial para que possa desfrutar um tipo de walkman effect, como diria Simon Frith. Mas mesmo sendo adepto da mobilidade musical e do hábito de selecionar e colecionar seus álbuns, Orlando Fernandes não se rendeu ao encanto dos Mp3 players. Além do apreço pelos títulos, Orlando se orgulha de conseguir manter um hábito praticamente esquecido pela classe-média: o de adquirir produtos musicais originais. Dos 350 títulos, apenas 56 são do mercado negro: ele acredita dessa forma colaborar com os grupos e cantores preferidos, a grande maioria artistas reconhecidos nas periferias, independentes e com circulação restrita. E todos, com exceção de alguns dos por ele considerados “clássicos”, são praticantes de arrasta-pé, baião, arrocha, axé, pagode romântico, ou simplesmente forró, como ele prefere rotular a todos.

Porteiro, cantor, colecionador solitário de títulos musicais. Nosso personagem se mostra mais complexo do que os preconceitos inerentes ao estereótipo podem sugerir. A relação familiar com a música e o crescimento marginal a um soundscape forrozístico sempre alimentou em Orlando a illusio de experienciar outras formas de filiação ao jogo. De uma forma ou de outra ele busca ampliar sua integração à cultura midiática musical. Ocupar simultaneamente a posição de ouvinte e performer: performatizar sua própria performance, seria uma das possibilidades. Orlando Fernandes não estava mais satisfeito apenas em, da portaria do residencial, embaralhar conjuntos formais de sua quase própria dicção ao vasto repertório lírico compartilhado por gêneros que bebem do brega a um saudoso axé. Desejava registrar suas composições em um artefato, e por alguns meses dispensou boa parte de seu salário na produção do petardo “As Românticas” – álbum com 15 faixas e que já possui um sucessor, com o sucesso “Ó o dique”, quem em breve receberá a devida divulgação neste espaço.

Para Orlando, reconhecer-se em sua própria criação significa mais do que o romantismo da expressão pode indicar. Provavelmente munido de uma consciência sobre os limites da abrangência de seu trabalho, nosso trovador não desejava um registro em CD apenas para sublimar a condição folk inicial de sua criação: a de uma música vinculada a um espaço de trabalho; música que independe de instrumentos musicais, ligada ao cotidiano apenas como apaziguadora da solidão laboral de um porteiro que passa doze horas sozinho em um guarda-corpo, para então voltar-se ao lar que também não divide com ninguém. Solidão que também é lembrada em seus cantos, através de lamentos a alguém que teima em não chegar. Não desejava isso apenas para transferir a propriedade de seu investimento afetivo com a música a outros que não a compreenderiam - independente do que com isso angariasse. Chegou a fazer uma sessão de fotos, tudo bem, e em breve serão aqui recuperadas, mas isso apenas faz incrementar o jogo.

Mas qual a importância em trazer à discussão a estória de um porteiro que, mesmo sem nunca ter feito aulas de canto, desprovido ainda de vocação para autodidata, tem como aspiração a gravação em CD de suas canções para deleite próprio, sem se importar por onde mais estas circularão? Pelo menos uma questão fica clara: a forma como valoramos e consumimos a música atualmente se enraíza em solos bem menos inóspitos do que a crítica e o mercado tendem a acreditar ou valorizar. E com certeza os artefatos tecnológicos de produção, gravação e reprodução musicais influenciam este processo. Se por um lado o avanço das novas tecnologias musicais facilita o acesso à gravação, por outro acaba também impulsionando a emergência de estúdios de gravação que levam demais ao pé da letra a expressão “feito em casa”. Curiosos são elevados a produtores musicais, e não é incomum escutar trabalhos que sempre levantam aquele sentimento de que algo está fora do lugar. Nesse ponto é importante ressaltar a importância da mixagem e da masterização, por exemplo, principalmente se levarmos em consideração que, atualmente, muito dos julgamentos de valor que fazemos sobre determinada obra se fundamenta sobre estes processos – são eles que indicam “com o que determinado som irá se parecer”.

A precariedade da gravação feita por Orlando Fernandes denuncia a falta de tato do “produtor”, que provavelmente levou em consideração o gosto musical do artista e seu cliente para “facilitar” o próprio lado, fazendo com que as músicas soassem quase como um registro caseiro de uma performance ao videokê. A predileção do nosso artista por ritmos vinculados ao forró não permitiu ao técnico de som de um estúdio semi-caseiro em cajazeiras perceber que seu lamento solitário-urbano-passional destoa um pouco das bases eletrônicas escolhidas. Mas Orlando não se preocupa com isso: acredita que sua música tem algo próprio, fruto de uma mistura que admite possuir estilo próprio, levantando a necessidade de um rótulo. Um rótulo que em sua oralidade soa como ÁCSI MIUSIC, mas que ainda carece de uma escritura.

E já que os gêneros só têm sua materialização efetivada no produto, abaixo o link para quatro canções de sucesso de Orlando Fernandes - que, no final das contas, são alguns dos poucos elementos não fabulados nesse post.

(Vale lembrar que o personagem e suas músicas são reais, assim como sua profissão e local de trabalho. No entanto, todas as outras informações adicionais foram inseridas para compor o objetivo principal do texto, que não é apresentar Orlando Fernandes, e sim discutir o consumo musical atualmente)

http://rapidshare.com/files/123242415/Orlando_Fernandes.zip

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Musicologia radical - IASPM

Essa revista eletrônica pode se tornar uma referência importante para o grupo:
www.radical-musicology.org.uk
Ian Biddle e Richard Middleton são os editores.


Ainda estão abertas as submissões de resumos para a 15 conferência anual da IASPM:
www.iaspm.net

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Um uso de gênero em segurança


Instâncias pouco badaladas do showbizz também fazem uso das classificações de gênero. Vai um caso:

Sexta à noite, área externa do Chevrolet Hall, dois ingressos do Abril Pro Rock no bolso. Parece que os portões vão abrir. Chego perto. Os seguranças da casa fazem uma roda para ouvir a preleção do chefe. Ligo meus ouvidos:

"- Olha, o tipo de música apresentado hoje é um rock pesado, chamado de punk e de hard core. O público usa umas roupas escuras, rasgadas, botas, cabelos arrepiados... O visual é bastante agressivo, mas eles são pacíficos. Aliás, esse festival tem 12 anos e o histórico é de um evento sem violência, ao contrário de outras festas que acontecem aqui no Recife...

A dança desse tipo de rock punk é chamada pogo. Eles fazem movimentos como se estivessem chutando, dão encontrões uns nos outros... Parece briga, mas não é briga não, visse? Vocês fiquem atentos para não confundirem a dança com agressão. Lembrem que a gente só está aqui para separar briga, se tiver. E nesse caso, basta separar...

A faixa etária da maioria do público é de 14 a 22 anos. Alguns deles vêm acompanhados dos pais. Então, fiquem atentos. Só interfiram se for necessário. E bom trabalho!"

No estacionamento, um sujeito abre o fundo do carro e coloca NY Dolls pra tocar. Do lado tem um isopor. Decido esperar por lá. Uns 20 minutos depois, começa o primeiro show da noite, confirmando as indicações do chefe à turma de farda.

>> Pra quem quiser ter uma idéia do que rolou naquela noite, tem um vídeo bem tosco no Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=mGBx_G8Jr6Y

>> Digam o que acharam das mudanças no leiaute.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Sugestão de Livro: Sons Novos para a Voz

Sugestão de livro para interessados em artistas que valorizam os aspectos plásticos da performance vocal.



O canto difônico, a percussão corporal, os diferentes tipos de falsete, a voz de robô, a voz ingressiva, o sanglot-chanté, gritos, sussurros, risos, gargalhadas, soluços, gemidos, o aparelho fonador como ressoador, o assobio, os estalos, o soluço, o suspiro, o chilreio, as explosões de narinas, o pigarro, a insalivação, a voz fry, o silvo taparita, tudo isso passou a ser uma possibilidade legítima de expressão musical. É nesse contexto que se encaixa Sons Novos para a Voz, mais uma importante contribuição de Jorge Antunes para a bibliografia musical em português. Um a um, o autor explica como se dá a emissão de cada novo recurso, sugerindo também formas de notações na partitura.

Em Sons Novos para a Voz Jorge Antunes estuda com profundidade toda uma série de sons capazes de serem produzidos pelo aparelho fonador, que passaram a constar das possibilidades expressivas que um compositor contemporâneo tem à sua disposição.

Rico capítulo do livro se detém no estudo histórico, técnico e estético das correntes da música intimista, da música letrista, da música infinitesimal e da música afonista.

Compositores e músicos em geral, com este livro, terão acesso a todas as minúcias técnicas de cada novo modo de execução para o aparelho fonador e para o corpo. A obra é ricamente ilustrada de exemplos musicais extraídos das composições do próprio Antunes. O capítulo final, bastante extenso, apresenta um estudo detalhado de todos os fonemas de todas as línguas do mundo, introduzindo o alfabeto da Associação Fonética Internacional, com exemplos e descrições técnicas de suas pronúncias. Coroando esse capítulo, a experimentação do autor avança na criação de fonemas novos inexistentes nas línguas faladas.

SUMÁRIO

Prefácio ... 11

Introdução ... 15

Modos de execução com o uso total,
ou de algumas partes, do aparelho fonador ... 21

Modos de execução com participação
do aparelho fonador e outras partes do corpo ... 77

Modos de execução em que se usa
um objeto externo para alteração da voz ... 91

Modos de execução com objeto excitador externo
para uso do aparelho fonador como caixa de ressonância ... 103

Modos de execução para outras partes do corpo humano ...111

Modos de execução que dispensam notação
especial, usando fontes sonoras naturais do corpo humano ...119

Modos de execução para o aparelho fonador e suas
partes, presentes nas linguagens faladas: repertório fonético ...139

Glossário ...141

Tabela bibliográfica dos exemplos ...199

Índice analítico ... 205

Fonte: http://www.festivalmusicanova.com.br/prog.html

Sistrum Edições Musicais
FAC/DF
224 páginas
61 ilustrações
Preço: R$ 30,00
sistrum@sistrum.com.br

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Idéia Bacaninha

Para quem quer ter um clipe baratinho e cheio de locações diferentes:

Stars of CCTV
Uma idéia muito boa, para uma música nem tanto: a banda britânica The Get Out Clause saiu tocando em frente às incontáveis câmeras de vigilância que transformam Londres num verdadeiro Big Brother (tem em táxis, ônibus e, é claro, em tudo que é rua, viela etc.). Depois, pediu as imagens legalmente, se valendo do Data Protection Act, e fez esse videoclipe.

fonte: Ilustrada nopop

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Pós em Música discute computação musical

Texto enviado por Marcel

Discutir novas tecnologias em computação musical é proposta de fórum na pós-graduação em Música, com participação do Grupo de Pesquisa Genos, da EMUS. O encontro está agendado para sexta-feira, 9, às 14h, na sala da pós-graduação da unidade.

A área de Computação Musical compreende pesquisa científica, tecnológica e artística nas áreas de composição algorítmica, análise/síntese de som, acústica musical, análise musical assistida por computador, processamento digital de áudio, multimídia e qualidade de serviço.

O Grupo de Pesquisa Genos da Escola de Música da UFBA é composto por uma equipe multidisciplinar de pesquisa de teoria, composição, e computação musical com as linhas de pesquisa em http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhegrupo.jsp?grupo=0291803FMWQ07Hhttp://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhegrupo.jsp?grupo=0291803FMWQ07H

segunda-feira, 5 de maio de 2008

EMI contrata alto executivo do Google para liderar departamento de música digital

Novidades na aérea digital da EMI Music. A gravadora acaba de anunciar a contratação de Douglas Merrill, um dos mais antigos executivos do Google, para liderar o departamento de música digital, em franca expansão.

Como presidente da área de Digital Business da EMI Music, Merrill encabeçará essa nova função global que, pela primeira vez, promoverá liderança unificada nas áreas de estratégia digital, inovação, desenvolvimento de novos negócios, abastecimento de revendas e atividades de tecnologia global.

Guy Hands, CEO da Terra Firma e chairman do EMI Group, disse: "Douglas é um agente de mudanças que alia amplo intelecto de negócios com um profundo background em estratégia. Sua experiência, talentos e sua habilidade para conduzir inovações serão de extremo valor para a EMI e seus artistas".

Merrill diz: "Eu tenho duas paixões. Uma é a criação de plataformas e ferramentas que facilitem aos consumidores o alcance de seus objetivos. A outra é a música. Este empolgante novo papel na EMI é uma oportunidade única para combinar essas duas paixões e trabalhá-las juntas, auxiliando no objetivo da EMI de prover os melhores serviços no mundo aos consumidores e músicos".

Merrill inicia suas funções na EMI em 28 de abril e trabalhará na sede da EMI Music em Los Angeles.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Músicas livres no Jamendo

O números são expressivos. Artistas, compositores, instrumentistas, cantores, produtores, perceberam que o melhor modo de distribuir suas músicas é na Internet.Os números de um os principais repositórios de músicas licenciadas em creative commons, o site Jamendo, são impressionantes :

8749 álbuns publicados
55118 resenhas de álbuns
323.140 membros ativos

Parece que as práticas colaborativas e o compartilhamento de músicas pela rede estão se tornando extremamente relevantes. A indústria da intermediação não consegue mais ser a guardiã do acesso aos músicos e suas composições. Hoje, todos os artistas podem atingir diretamente seus fãs sem cobrança de pedágios, sem custos desnecessários.
www.jamendo.com/en/

sexta-feira, 25 de abril de 2008

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