terça-feira, 7 de julho de 2009

Mr. Michael Jackson

A morte (ou não, ainda existem especulações sobre isso, hehehe) do Rei do Pop não podia passar despercebida desse blog, mesmo que todos já tenham feito homenagens e a falação seja quase que insuportável sobre o assunto. Esperemos que hoje, com o enterro, funeral, showneral ou o que quer que seja aquilo, o agendamento mude nos meios tradicionais e na web.

Mas vim aqui não pra dizer que ele era genial, que ele influenciou o mundo todo não só na música, que ele é referência e etc etc etc. Nem se pode esquecer, apesar de suas mudanças corporais, o papel que ele tem na abertura do mercado da música pop para os negros. Vim pra pensar, na verdade, pq foi que ele caiu no ostracismo e não conseguiu manter a carreira, como Madonna fez.

Até o começo dos anos 1990 MJ era sucesso absoluto, shows sempre cheios e exibições mil nos canais musicais e nas rádios. Mas a vida pessoal atrapalhou a carreira do astro, a partir de então. O que, convenhamos é inacreditável de pensar. Como é que um cara com os direitos de parte das músicas do Beatles, com suas próprias músicas e as dos Jacksons 5 consegue ser tão endividado? Ok, dos Beatles davam só $40 milhões de Euros. Das próprias, só tinha dos tempos da Motown e algumas, as solo pertecem à Sony BMG. Os acordos judiciais, gastos médicos e os muitos sanguessugas lhe tiraram todo o dinheiro?

Verdade é que, diferentemente de Madonna, ele não soube se reinventar. Mudou na aparência, mas quis continuar com a mesma fórmula de lançar discos [com as mesmas músicas, quase] e vender loucamente, que na era digital não funciona. E manteve sempre o mesmo som, que funcionou no Thriller, no Dangerous já estava meio morno e acabou por aí. Pop é sinônimo de reinvenção, apropriação de gêneros e misturas. Ele não soube mudar sua roupagem. Bem verdade que os escândalos de envolvimento com menores ajudou a enterrar a carreira. E a sensação de que a música pop ía noutro caminho, a despeito do que MJ queria ou sabia fazer, se somou à lançar o álbum em pleno 2001 conturbado nos EUA [só n foi pior que Mariah Carey e seu Glitter -péssimo- lançado em pleno dia 11 de setembro e em NY!], levaram ao fracasso de Invencible, último álbum do cantor, que chegou a dizer que foi prejudicado por racismo!! 2001 foi O ano das Boybands, Backstreet Boys e *NSync tominando todas as paradas... Acho que as coreografias de MJ não atraíram tanto, na época; além da famosa Sociedade Americana de Família, que condena que se consuma produtos do comedor de criancinhas...

Dedadência não vende, mas já a morte... MJ é, de novo, dos mais vendidos da semana. A Sony tá lucrando bastante com a venda dos álbuns clássicos de Michael, que voltaram aos topos das paradas de vendas e de exibição ao redor do mundo. Todos homenageando o astro.

So long, Michael.

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